EXERCÍCIOS SOBRE SUJEITO

Profª Mª Mislene Cabriotti

 

 

A velha contrabandista

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava
pela fronteira montada na lambreta, com um bruta saco atrás da lambreta. O
pessoal da alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da alfândega
mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
– Escuta aqui vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí
atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que
ela adquiria no odontólogo, e respondeu:
– É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a
velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal
esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha
que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia
atrás.
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com
areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte,
quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra
vez. Perguntou o que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uaí! O
fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a
velhinha e, todas as vezes o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
– Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com quarenta anos de serviço.
Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a
senhora é contrabandista.
– Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando
o fiscal propôs:
– Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não
apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o
contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
– O senhor promete que não “espaia”? – quis saber a velhinha.
– Juro – respondeu o fiscal.
– É lambreta.

Stanislaw Ponte Preta. Dois amigos e um chato. 2º Edição – São
Paulo. Moderna, 2008. P.49-50.

 

1)| Sabemos que o sujeito simples é aquele que possui apenas um núcleo. Todas as alternativas, exceto uma não possui este tipo de sujeito, assinale a resposta correta.

a) O senhor promete que não “espaia”?

b) Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar.

c) Perguntou o que ela levava no saco

d)– Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com quarenta anos de serviço.

e) Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.

 

2) O sujeito oculto ou desinencial é aquele que não se encontra na oração, entretanto, o reconhecemos pela desinência do verbo. Indique um trecho do texto em que presenciamos este tipo de sujeito.

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3) Indetermine o sujeito das orações. Siga o exemplo:

Perguntou o que ela levava no saco (…)

Perguntaram o que ela levava no saco.

a) Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. _________________________________________

b) Manjo essa coisa de contrabando pra burro. _____________________________________________

c) Durante um mês seguido o fiscal interceptou a
velhinha (…) ____________________________________________________________________

d) começou a desconfiar da velhinha. ____________________________________________________

4) Verbos que indicam Fenômenos da Natureza, verbo Haver com sentido de Existir e FAZER indicando tempo transcorrido (passado), correspondem a sujeito inexistente.

Observe os exemplos:

Choveu bastante na fazendo ontem.

muitos alunos nesta sala de aula. Neste caso, o verbo haver tem o sentido de existir, observe:  Existem muitos alunos nesta sala de aula.

Faz três anos que saí do Ensino Médio.

Agora, selecione uma das três formas apresentadas que indica que o sujeito é inexistente. Pode ser com fenômeno da natureza, com o verbo haver com sentido de existir, ou com o verbo fazer indicando tempo transcorrido e crie uma oração em haja sujeito inexistente. Apenas uma delas.

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5) Transforme a oração que possui sujeito simples em uma oração com sujeito composto.

A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam (…)

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CURSO COMPLETO DE LÍNGUA PORTUGUESA

EXERCÍCIOS SOBRE FIGURAS DE LINGUAGEM

1- (Objetiva) Qual figura de linguagem está sendo utilizada no último quadro da tirinha abaixo?

Tirinha em exercício da Objetiva 2024 sobre figuras de linguagem.

A) Metonímia.

B) Onomatopeia.

C) Hipérbole.

D) Eufemismo.

 

 

2- (FGV) Assinale a frase a seguir em que os termos sublinhados não formam uma antítese.

A) Fale bem dos amigos todos os dias. Fale mal dos inimigos pelo menos duas vezes por dia.

B) Ele não sabe nada e pensa que sabe tudo. Isso aponta claramente para uma carreira política.

C) A paz faz crescerem as coisas pequenas; a guerra destrói as grandes.

D) Dos amos, devemos temer tanto sua ira como seu afeto.

E) A caneta que nomeia é a mesma que demite.

 

 

(Cetap)

Rio de Lama, Rio de Lágrimas

Ainda aturdida por duas imensas tragédias sem conserto para vidas e lugares atingidos, escrevo sobre uma, na Europa, que assusta o mundo e outra, no Brasil, que deveria nos assustar especialmente. Vejo em capitais brasileiras vigílias pela carnificina em Paris. São justas, não só porque qualquer cidade assim ferida merece homenagens, mas porque para muitíssimos Paris é uma cidade especial. E esse foi anunciado pelos autores como sendo apenas um primeiro golpe na tempestade. Pela extensão e sofisticação de sua capacidade destrutiva, e pelos locais de preparação antes nunca imaginados, mas que começam a ser descobertos, outros países estão na mira, pela Europa inteira. Sem falar na Olimpíada do ano próximo, no Brasil.

Todos alertas, todos assustados, todos um tanto perplexos com essa tragédia — e outra ainda maior e mais complexa se anuncia, ou já começou: a chegada de milhões de refugiados, migrantes sofridos e necessitados, parece ser cavalo de Troia com que se movem facilmente bandos de terroristas assassinos. O que fazer, como fazer, perguntam-se os líderes dos países envolvidos. Mesmo quem recebia os migrantes com alguma boa vontade começa a rever sua postura, pensar em mudar leis, levantar muros de toda sorte: pagarão inocentes por alguns culpados. “A vida não é justa”, suspiramos.

Mas esperei entre nós vigília e lágrimas pelo Brasil por este que é um dos maiores crimes ambientais do mundo: protesto e pranto pela morte do Rio Doce, miseravelmente envenenado e travado pela lama, que mata as águas do Doce e de seus afluentes, os peixes, os bichos, os campos cultivados, as pastagens, as plantações, as pessoas — quantas de verdade? Que providências se tomam? O que se faz para encontrá-las, além de urubus, cães e paus enfiados na lama repulsiva para ver se dali sai “odor”?

Morrem também profissões na região, como as de agricultor e pescador: um velho pescador declara aos prantos que sua profissão não existe mais por ali. A extensão é vastíssima, quilômetros de esterilização, envenenamento, em suma, assassinato. Pois o desastre era previsível: laudos anteriores alertavam para a fragilidade das barragens, e aparentemente nada foi feito, além de negar, desviar os olhos, e de novo negar. “Nada de barulho, pois podemos ter problemas.” E os trágicos problemas chegaram: segundo Sebastião Salgado, a “cura” das águas e terras levará de vinte a trinta anos.

O grande fotógrafo e humanista (sim) internacionalmente admirado nasceu e cresceu junto ao Doce, onde criou com sua parceira, Lélia, o maravilhoso projeto de revitalização de zonas quase mortas décadas atrás, o Instituto Terra. Agora, tudo está pior do que antes dos esforços deles. Recuperar toda aquela região, que vai de Mariana ao mar no Espírito Santo, onde certamente haverá muita contaminação, custará não apenas somas incríveis — projeto que ele já tinha proposto ao BNDES algum tempo atrás foi aprovado, mas não houve o repasse do dinheiro —, como terá de manter aceso por décadas o interesse num país de momento tão superficial, tão desinteressado, tão focado em poder, poder, e fuga à responsabilidade, ocultamento de crimes, e salvação das próprias feias peles. Não sou otimista. Até aqui só vi, como em geral neste país, promessas de planos, projetos, eternas comissões ineficientes e mornas, pouquíssima ação concreta, também nesta crise: mesmo na busca de mortos, lenta e atrasada. Ficarão emparedados na lama que, ao secar, parece cimento. Homens, mulheres, crianças, velhos, eternamente ocultos, a não ser para os corações que por eles choram. O que está fazendo o Brasil para compensar todo esse sofrimento, cada vez menos mencionado?

Precisamos de lágrimas e vigílias pelos inocentes chacinados na França, mas de movimentos vibrantes pelo que, aqui entre nós, vem sendo lentamente assassinado, e agora foi brutalmente soterrado pelo rio de lama, de lágrimas, de pouca esperança. Vamos trabalhar, e nos manifestar, e chorar, com Sebastião Salgado.

Fonte: Lya Luft – 25 de novembro de 2015)

3 – Em “Rio de Lama, Rio de Lágrimas.”, a figura de linguagem presente no termo “Rio de Lágrimas” é o/a:

A) antítese.

B) prosopopeia.

C) hipérbole.

D) eufemismo.

E) pleonasmo.

 

 

4- (Cetrede) No trecho: “A cidade dormia sob um manto de estrelas, enquanto o vento sussurrava segredos nas esquinas.”, a figura de linguagem empregada é

A) metáfora, pois há uma comparação implícita entre a cidade e uma pessoa dormindo.

B) prosopopeia, pois há atribuição de características humanas a elementos inanimados.

C) antítese, pois há oposição de ideias entre “cidade” e “vento”.

D) eufemismo, pois há uma tentativa de suavizar a descrição da cidade.

E) hipérbole, pois há exagero na descrição do cenário.

 

5- (Ifes) Analise os trechos para assinalar aquele que contém a INCORRETA associação com a figura de linguagem neles presente, indicada didaticamente nos trechos grifados:

A) É a vaidade, Fábio, nesta vida,
Rosa, que da manhã lisonjeada,
Púrpuras mil, com ambição dourada,
Airosa rompe, arrasta presumida. (Gregório de Matos) – Metáfora

B) Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura, – Antítese
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria. (Gregório de Matos)

C) Em tristes sombras morre a formosura, – Prosopopeia
Em contínuas tristezas a alegria. (Gregório de Matos)

D) Essa enchente gentil de prata fina, – Oximoro
Que de rubi por conchas se dilata,
Faz troca tão diversa, e peregrina,

Que no objeto, que mostra, e que retrata,
Mesclando a cor purpúrea, e cristalina,
Não sei, quando é rubi, ou quando é prata (Gregório de Matos).

E) “Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão em xadrez de palavras. Se de uma parte há-de estar branco, da outra há-de estar negro; se de uma parte dizem luz, da outra hão-de dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, da outra hão-de dizer subiu. (Sermão da Sexagésima, Padre Antônio Vieira) – Metonímia

(Instituto Consulplan) Texto para responder à questão.

 

 

O açúcar

O branco açúcar que adoçará meu café
nesta manhã de Ipanema
não foi produzido por mim
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.

Vejo-o puro
e afável ao paladar
como beijo de moça, água
na pele, flor que se dissolve na boca. Mas este açúcar,
não foi feito por mim.

Este açúcar veio
da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,
dono da mercearia.
Este açúcar veio de uma usina de açúcar em Pernambuco
ou no Estado do Rio
e tampouco o fez o dono da usina.

Este açúcar era cana
e veio dos canaviais extensos
que não crescem por acaso
no regaço do vale.
Em lugares distantes, onde não há hospital
nem escola,
homens que não sabem ler e morrem de fome
aos vinte e sete anos
plantaram e colheram a cana
que viraria açúcar.

Em usinas escuras,
homens de vida amarga
e dura
produziram este açúcar
branco e puro
com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.

(GULLAR, F. Toda poesia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980, p. 227-228.)

6- A figura de linguagem predominante em “[…] como beijo de moça, água na pele, flor que se dissolve na boca.” (2ª estrofe) é:

A) Ironia.

B) Antítese.

C) Metáfora.

D) Comparação.

 

 

(Amauc)

Bater perna

Mineiro que é mineiro quando sai de casa quer resolver o mundaréu de convites que estava devendo.

Ele demora para largar o aconchego de seu lar, mas, quando decide, não quer perder a viagem. Pretende aproveitar o máximo do tempo para dar conta da blitz afetuosa e quitar a lista de intenções do ano passado.

Não é mais um passeio, e sim uma romaria. Se perigar, é capaz de visitar cinco pessoas no sábado, com um tiquinho de café num, um tiquinho de broa no outro, jamais recusando provar os petiscos.

Confunde-se com um trem: várias estações a descer até o fim dos trilhos. Não é à toa que suspira “trem” para qualquer “treco”.

Mineiro é supersticioso. Não aceita abrir a boca em vão.

Pressinto a correria da esposa no momento em que confessa que a família vem reclamando que anda sumida e que, se continuar sem dar notícias, pensará que ela morreu. Aliás, mineiro apenas aceita notícias pessoalmente, caso contrário não acredita.

Conversar por telefone ameniza a saudade, ajuda um pouco a entender o problema, porém não substitui a presença em carne e osso. Aqui é São Tomé com Phd: só tocando para crer.

Minha esposa quando fala que vai visitar uma tia é uma parcela da verdade: pretende visitar todas as suas tias. É a tia Norma. É a tia Geni. É tia Therezinha. É tia Naná. Será o dia das tias. O dia exclusivo da tiarada.

Não pode deixar nenhuma de fora, para não ser injusta. Pois se uma fica sabendo, o risco da desilusão é iminente. Uma tia pode se sentir preterida e não atender mais as ligações. Mineiro quando se chateia simplesmente não atende mais as ligações. Finge-se de surdo. O silêncio é a sua terrível vingança: desaparece de repente para gerar preocupação, obrigando quem fez a desfeita a ir a sua casa e bater à porta.

A culpa em Minas está diretamente ligada ao amor. Você se vê culpado até por aquilo que não aconteceu.

Força-se a alegria com medo da tragédia.

Ela parte de manhãzinha e somente voltará à noite. Para não render o assunto comigo, avisa que será rapidinho. Leia-se rapidinho em cada uma das trocentas paradas. Já estarei dormindo, certamente, em seu regresso. Nem me preocupo mais como antes.

Às vezes acredito que está em permanente campanha eleitoral, tentando desesperadamente não perder os votos que possuía.

Assim como há a data reservada para as tias, ainda tem o dia dos primos, dos tios, dos tios-avós, dos amigos, dos colegas de trabalho. A sorte que é filha única e sobrou um dia para mim, senão teria ainda o dia dos irmãos.

Nunca vi ninguém cuidar tanto da família como o mineiro. Não suporta o adeus, muito menos tolera o tchau. É inté! (traduzindo: volte logo, sem desculpas).

Disponível em Acesso em 25 nov 2024

7- No texto, o autor utiliza várias figuras de linguagem para tornar a narrativa mais expressiva e reforçar características culturais do mineiro. No trecho “Confunde-se com um trem: várias estações a descer até o fim dos trilhos”, assinale a alternativa que identifica corretamente a figura de linguagem predominante e sua função no contexto.

A) A hipérbole, que exagera a quantidade de visitas realizadas pelo mineiro, enfatizando o humor presente na narrativa.

B) A metonímia, que usa o termo “trem” no lugar de “pessoa”, indicando a substituição de um elemento pelo todo.

C) A metáfora, que associa o comportamento do mineiro ao movimento de um trem, reforçando a ideia de intensidade e continuidade nas visitas.

D) A prosopopeia, que atribui características humanas ao trem, criando uma imagem lúdica e expressiva.

E) A comparação, que estabelece uma relação explícita entre o mineiro e o trem, por meio do conectivo “como”.

 

 

8- (Fundatec) Analise a seguinte frase: “Estou lendo Monteiro Lobato”. Esse é um exemplo de:

A) Metáfora.

B) Parábola.

C) Metonímia.

D) Antítese.

E) Hipérbole.

 

 

(Amauc)

Fechando os olhos para escrever

A vida é espantosamente linda. Só parece curta porque percebemos as dádivas exclusivamente no período em que estamos apaixonados por alguém.

Como a paixão acontece pouco, até cinco vezes numa trajetória, terminamos por desprezar e desmerecer grande parte da beleza dos acasos. Não desfrutamos da tela LED do coração. Das cores. Da exuberância das sutilezas. Da vibração das coincidências. Não aproveitamos o manancial interior, aquela sensação de leveza, de emparelhamento com o destino.

Transferimos a responsabilidade a um outro pelo nosso enamoramento. Dependemos de um romance para experimentar esse superpoder, que fica adormecido longamente em nossa história. Não nos achamos bonitos com frequência, não nos achamos atraentes com constância.

O fato é que somos pouco apaixonados por nós mesmos. Se o despertar fosse por nós, pela nossa própria personalidade, compensaríamos o tempo perdido e inativo da entressafra dos relacionamentos amorosos. Resgataríamos o nosso dom, que somente é explorado a partir de terceiros.

O pessimismo se infiltra na rotina, e não nos permitimos as descobertas. Permanecemos no mesmo lugar conhecido, ainda que não seja nosso lugar predileto, justamente porque nos falta paixão.

Quem tem paixão tem também coragem, tem iniciativa, tem curiosidade. Os dias nunca serão iguais. Existe a disponibilidade para se aventurar. Se você está apaixonado por quem quer que seja, larga o pijama e a série para ir a uma festa desconhecida.

Não se trata de atentar mais para o entorno, para os lados, mas de dar mais chance para o nosso interior. Por que, nos momentos mais profundos da nossa existência, fechamos os olhos?

Quando beijamos quem amamos, fechamos os olhos.

Quando rezamos, fechamos os olhos. Quando cantamos uma música significativa, fechamos os olhos. Ou seja, nos instantes de maior emoção, ao invés de abrir os olhos e enxergar o que está ocorrendo, preferimos não ver nada. Para unicamente sentir. Sentir a pulsação desordenada e caótica da vida.

Fechar os olhos é a prova de que você se entregou ao momento. É quando você está inteiramente presente. É quando você confia de verdade. É quando você finalmente se escuta.

No fundo, nascemos para sonhar. Então, fechamos os olhos, para celebrar o autoencontro.

Fabrício Carpinejar – Texto Adaptado

https://www.otempo.com.br/opiniao/fabricio-carpinejar/2024/12/27/fechando-os-olhos-para-escrever

Com base no texto “Fechando os olhos para escrever”, de Fabrício Carpinejar, identifique a figura de linguagem predominante no seguinte trecho:

9- “Não desfrutamos da tela LED do coração. Das cores. Da exuberância das sutilezas. Da vibração das coincidências.”

A) Hipérbole.

B) Metáfora.

C) Antítese.

D) Metonímia.

E) Prosopopeia.

EXERCÍCIOS SOBRE APOSTO

1. O aposto é um termo da oração que ajuda a especificar um elemento contido nela, já o vocativo é o termo usado para chamar ou interpelar alguém na oração. Assim sendo, coloque (A) para aposto e (V) para vocativo nas expressões destacadas das frases a seguir.

a) (    ) São Paulo, a maior cidade do Brasil, é conhecida por seu dinamismo.
b) (    ) Minha amiga, uma excelente cozinheira, preparou um jantar delicioso.
c) (    ) Vamos lá, pessoal, temos muito trabalho a fazer.
d) (    ) Não se preocupe, querido amigo, tudo vai ficar bem.
e) (    ) Pedro, o gerente da loja, organizou uma reunião.
f)  (    ) Por favor, senhoras e senhores, mantenham a calma.

[…]














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FIGURAS DE LINGUAGEM

O que são Figuras de Linguagem?

As figuras de linguagem são recursos estilísticos que enriquecem a comunicação, tanto na fala quanto na escrita, permitindo aos falantes e escritores expressar ideias de maneira mais criativa e impactante. Em termos simples, elas são desdobramentos da linguagem que fogem do sentido literal das palavras, ampliando assim suas conotações e possibilitando uma variedade de interpretações. Entre as principais funções das figuras de linguagem, destaca-se a capacidade de transmitir emoções, criar imagens vívidas e estabelecer conexões mais profundas entre o texto e o leitor.

No contexto literário, essas ferramentas retóricas são essenciais para a construção de significados que vão além do que está explícito. Os autores frequentemente utilizam figuras de linguagem para adicionar camadas de interpretação, enriquecendo a experiência do leitor. Por exemplo, utilizando metáforas e metonímias, um escritor pode evocar características de um objeto ou de uma situação que, à primeira vista, podem parecer distintas, mas que, através da linguagem figurativa, revelam uma relação intrínseca e provocadora. Isso não apenas melhora a estética do texto, mas também envolve o leitor em um diálogo mais profundo com a obra.

Além do âmbito literário, as figuras de linguagem têm um papel crucial em outros campos, como na publicidade e nas comunicações interpessoais. Elas são utilizadas para persuadir, cativar e motivar, explorando as nuances emocionais da linguagem. Compreender essas ferramentas é fundamental para reconhecer suas aplicações práticas no dia a dia e também para analisar criticamente mensagens e obras literárias. Portanto, as figuras de linguagem são indispensáveis para a eficaz construção e transmissão de significados, sendo um elemento central na comunicação contemporânea.

Classificação das Figuras de Linguagem

As figuras de linguagem podem ser amplamente classificadas em diferentes categorias, proporcionando uma maneira sistemática de compreendê-las. Dentre as principais categorias, destacam-se as figuras de som, figuras de pensamento e figuras de estilo, cada uma com suas especificidades e exemplos ilustrativos.

As figuras de som são aquelas que enfatizam a musicalidade das palavras. Elas incluem recursos como a aliteração, que é a repetição de sons consonantais, e a assonância, que consiste na repetição de sons vocálicos. Por exemplo, “O rato roeu a roupa do rei de Roma” destaca a aliteração, enquanto “Cantos de sereias” pode exemplificar a assonância. Esses elementos sonoros não apenas embelezam o texto, mas também podem criar ritmos e melhorar a experiência do leitor.

Por outro lado, as figuras de pensamento focam na construção de ideias e reflexões. Elas são usadas para transmitir emoções ou provocar a contemplação e incluem a metáfora, que compara duas realidades diferentes sem o uso de conectores, como em “A vida é um palco”. Outras figuras como a metonímia e a sinédoque também estão incluídas nessa categoria, evidenciando a relação entre partes e todo ou entre o objeto e seu nome.

Por fim, as figuras de estilo se ocupam da forma como a língua é usada para causar efeitos específicos. Um exemplo notável é a hipérbole, que utiliza exageros para enfatizar um ponto, como na frase “Estou morrendo de sede”. Além disso, a antítese e a ironia também se encaixam nesta categoria, mostrando contrastes que enriquecem os discursos. Compreender essas classificações é essencial para a análise e apreciação da linguagem, permitindo ao leitor aprofundar-se nos significados que as figuras podem transmitir.

Exemplos de Figuras de Linguagem: Metáfora

A metáfora é uma figura de linguagem que consiste em estabelecer uma relação de semelhança entre dois elementos distintos, transferindo características de um para o outro. Essa transposição não utiliza palavras como “como” ou “tal”, que seriam características de uma comparação; ao invés disso, a metáfora propõe uma identificação que enriquece a comunicação. Ela é amplamente utilizada tanto na fala cotidiana quanto na literatura, oferecendo um impacto emocional significativo.

Um exemplo clássico de metáfora pode ser encontrado na famosa frase “a vida é um palco”, onde a vida humana é comparada a uma performance teatral. Essa metáfora não apenas sugere a natureza fugaz das experiências, mas também provoca reflexões sobre os papéis que desempenhamos em diversas situações. As metáforas, ao evocar imagens vívidas, estimulam a imaginação do receptor, tornando a mensagem mais envolvente e memorável.

Exemplos de Figuras de Linguagem: Comparação

A figura de linguagem conhecida como comparação é uma das mais utilizadas na comunicação diária, dado o seu papel em estabelecer relações entre dois elementos, enfatizando semelhanças através do uso de conectivos, como “como”, “tal qual”, “assim como”, entre outros. Esta figura não apenas facilita a compreensão, mas também embeleza a linguagem, tornando-a mais vívida e expressiva. Em sua essência, a comparação serve para criar imagens mentais que permitem ao ouvinte ou leitor visualizar conceitos, emoções e experiências de forma mais clara.

Um exemplo clássico de comparação pode ser encontrado na frase “Ela é como uma flor”, onde se estabelece uma ligação entre a pessoa e a beleza e delicadeza de uma flor. Essa construção não apenas transmite a ideia de suavidade, mas também ressoa com características e sentimentos associados à natureza. Em conversas cotidianas, essa prática é frequentemente utilizada para reforçar sentimentos ou impressões. Por exemplo, pode-se dizer “O seu olhar brilha como estrelas no céu” para enfatizar a intensidade de um olhar, promovendo uma imagem rica que evoca a beleza e a luminosidade do céu noturno.

Exemplos de Figuras de Linguagem: Personificação

A personificação, uma figura de linguagem que confere características humanas a objetos, animais ou ideias, é frequentemente utilizada na literatura para criar imagens vívidas e emoção nas narrativas. Ao atribuir qualidades humanas a elementos não humanos, os escritores conseguem estabelecer uma conexão mais profunda entre o leitor e a obra. Essa técnica não só enriquece a linguagem, como também permite que conceitos abstratos sejam compreendidos de maneira mais acessível e impactante.

Na narrativa contemporânea, a personificação é amplamente utilizada na publicidade, por meio de slogans que comunicam a eficiência de produtos: “Esta máquina trabalhou para você.” Tal uso não apenas humaniza a máquina, mas também sugere que ela possui um propósito e uma conexão direta com as necessidades do usuário. Assim, a personificação serve para tornar a linguagem mais expressiva, promovendo a empatia e a identificação do público com as temáticas abordadas.

 

Exemplos de Figuras de Linguagem: Hipérbole

A hipérbole é uma figura de linguagem que se caracteriza pelo exagero, usada para enfatizar uma ideia ou provocar uma reação no interlocutor. Este recurso é bastante utilizado em conversas cotidianas, literatura, e até mesmo na publicidade, onde se busca captar a atenção do público de forma impactante. Ao criar imagens mentais por meio de exageros, a hipérbole não apenas enriquece a linguagem, mas também intensifica a expressividade e o humor.

Um exemplo clássico de hipérbole pode ser encontrado em expressões comuns, como “Estou morrendo de fome”, que clarifica um sentimento de fome extrema, embora ninguém realmente esteja à beira da morte. Esse tipo de exagero não deve ser interpretado literalmente, mas sim como uma hipérbole que transmite a intensidade da sensação. Em situações humorísticas, dizes, por exemplo, “Ele comeu um boi inteiro!” revelam o caráter caricatural que a hipérbole pode imprimir às narrativas, favorecendo a risada e a leveza da conversa.

 

 

Gramática da Língua Portuguesa - 9ª Edição 2009

 

 

CURSO COMPLETO DE LÍNGUA PORTUGUESA

 

FONÉTICA E FONOLOGIA

Introdução à Fonética e Fonologia

A fonética e a fonologia são ramos fundamentais da linguística que estudam os sons da fala, sendo essenciais para a compreensão da língua portuguesa. A fonética se dedica à produção, transmissão e percepção dos sons, enquanto a fonologia analisa os padrões e as regras que governam esses sons dentro de uma língua. Embora intimamente relacionadas, suas abordagens e focos são distintos, o que as torna indispensáveis para uma análise completa da linguagem.

A fonética explora como os sons são produzidos pelos órgãos vocais e como são percebidos pelo ouvido humano. Esse campo abrange a descrição articulatória e acústica dos sons, permitindo que se identifiquem elementos como timbre, intensidade e duração. Por outro lado, a fonologia se concentra nas funções e nas relações dos sons no contexto da língua. Ela investiga como os fonemas, as unidades sonoras de uma linguagem, se organizam e se interagem, influenciando significativamente a estrutura da língua.

O entendimento destas áreas é crucial, pois fornece a base para a distinção entre letra e fonema, uma diferença que pode impactar diretamente na pronúncia e na escrita. Esta compreensão é especialmente relevante para aqueles que estudam a língua, pois permite uma melhor compreensão dos aspectos fonéticos e fonológicos que governam a comunicação. Além disso, o conhecimento em fonética e fonologia capacita os falantes a melhorar sua articulação, entonação e compreensão auditiva, aspectos fundamentais para um domínio mais eficaz da língua portuguesa.

O que é Letra?

Na linguística, a letra é um dos componentes fundamentais da escrita, representando uma unidade gráfica que forma parte do sistema alfabético de uma língua. As letras são os símbolos que utilizamos para representar os sons da fala, e na língua portuguesa, temos um total de 26 letras que compõem o alfabeto. Dentre essas, algumas podem ser utilizadas em suas formas maiúsculas ou minúsculas, apresentando variações que podem impactar a maneira como uma palavra é percebida, especialmente em contextos como títulos, nomes próprios e no início de frases.

As letras desempenham um papel crucial na formação de palavras, funcionando como os blocos de construção que, quando combinados, criam significados distintos. Na prática, isso significa que a forma como as letras são organizadas pode influenciar a compreensão do que está sendo comunicado. Por exemplo, a diferença entre as palavras “casa” e “saca” pode ser atribuída apenas à troca de letras, o que ilustra bem como cada letra é vital para a clareza e integridade da linguagem escrita.

Na língua portuguesa, a diversidade de combinações listadas pode resultar em um vasto número de palavras, permitindo uma expressividade rica. Contudo, é comum haver confusões entre letras e os sons que elas representam, especialmente durante o aprendizado da língua. Portanto, é essencial entender que enquanto uma letra é uma representação gráfica, um fonema é o som que essa letra pode produzir. Essa distinção pode causar mal-entendidos, mas compreender a função das letras ajuda a esclarecer seu papel na comunicação escrita. A diferença entre a letra e o fonema é uma tema central na fonética e na fonologia, áreas que se dedicam ao estudo dos sons da linguagem e sua representação.

O que é Fonema?

Um fonema é a menor unidade sonora de uma língua que pode alterar o significado de uma palavra. Na fonologia, os fonemas desempenham um papel crucial, pois são os responsáveis por distinguir uma palavra de outra. Por exemplo, em português, a troca do fonema /p/ pelo fonema /b/ muda completamente o significado de “pato” para “bato”. Essa característica torna os fonemas fundamentais para a comunicação verbal, pois eles permitem que diferentes combinações sonoras gerem significados distintos.

Os fonemas não devem ser confundidos com as letras que compõem os alfabetos. Enquanto uma letra é uma representação gráfica, um fonema é uma representação auditiva. Um mesmo fonema pode ser escrito de maneiras diferentes; por exemplo, o fonema /s/ pode ser representado pelas letras “s”, “ss” e “ç”. De maneira análoga, diferentes letras podem corresponder ao mesmo fonema; por exemplo, o fonema /k/ pode aparecer nas letras “c”, “k” e “qu”. Essas nuances revelam a complexidade da relação entre som e escrita na língua portuguesa.

Os fonemas são classificados em duas categorias principais: vogais e consoantes. As vogais são produzidas sem obstrução do fluxo de ar, enquanto as consoantes envolvem alguma forma de bloqueio ou constrição no trato vocal. A combinação desses dois tipos de fonemas forma sílabas, que por sua vez estruturam palavras. Em contextos linguísticos, a análise dos fonemas é essencial para entender os padrões de entonação, acentuação e rítmica da fala, refletindo assim como as nuances fonológicas informam a dinâmica comunicativa.

A Importância da Diferença entre Letra e Fonema

A compreensão da diferença entre letras e fonemas é fundamental para o domínio da língua, pois essa distinção ressoa em diversos aspectos da aprendizagem de leitura e escrita. As letras constituem a representação gráfica dos sons de uma língua, enquanto os fonemas são as unidades sonoras que compõem essas letras. Essa diferença é especialmente relevante para estudantes, pois entender como as letras correspondem aos fonemas pode melhorar a aquisição de habilidades linguísticas. O reconhecimento de que uma letra pode representar diferentes sons em diferentes contextos, assim como um fonema pode ser escrito de várias maneiras, é essencial para uma comunicação eficaz.

Além disso, a distinção entre letra e fonema influencia diretamente a pronúncia correta das palavras. Por exemplo, a letra “c” pode ter um som mais parecido com o “s” em “cima” ou com o “k” em “casa”. Compreender essa variância melhora a capacidade de um falante em reproduzir sons com precisão e, portanto, a comunicação torna-se mais fluida. Essa habilidade é vital não apenas para falantes nativos, mas também para aqueles que estão aprendendo português como língua estrangeira, pois permite uma conexão mais íntima entre escrita e pronúncia.

Em contextos práticos, essa compreensão se torna ainda mais significativa. Ao ensinar um idioma, os educadores que enfatizam a diferença entre letras e fonemas podem facilitar o aprendizado dos alunos. Isso é especialmente útil para abordar diferenças dialectais e fonéticas nas línguas. Portanto, a habilidade de distinguir esses conceitos não é apenas teórica; é aplicável em situações de ensino e aprendizagem que podem transformar a experiência de indivíduos que buscam dominar uma nova língua.

 

 

Gramática da Língua Portuguesa - 9ª Edição 2009

 

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GÊNEROS TEXTUAIS

O Que São Gêneros Textuais?

Os gêneros textuais são categorias ou tipos de textos que compartilham características específicas, seja em sua forma, estrutura ou função. Eles têm um papel fundamental na comunicação, pois permitem que os autores transmitam suas ideias de maneira eficaz, adaptando-se aos diferentes contextos e propósitos comunicativos. A classificação dos gêneros textuais é baseada em critérios como a intenção do autor, o público-alvo, o contexto em que o texto é produzido e as convenções sociais envolvidas.

A diversidade de gêneros textuais é ampla, englobando tanto formas orais quanto escritas. Exemplos de gêneros orais incluem conversas informais, palestras e entrevistas, os quais são moldados pela interação imediata entre os participantes. Por outro lado, gêneros escritos abrangem desde artigos e contos até e-mails e relatórios, caracterizados por uma maior formalidade e estruturação. Essa distinção revela a flexibilidade dos gêneros textuais, uma vez que cada um atende a necessidades comunicativas específicas.

Ademais, a intencionalidade do autor é um aspecto essencial na configuração dos gêneros textuais. Cada gênero tem um objetivo claro, seja informar, persuadir, entreter ou promover a reflexão, o que determina como o texto deve ser estruturado. O contexto social e cultural também influencia a criação e a interpretação dos gêneros, visto que diferentes circunstâncias exigem diferentes abordagens comunicativas. Assim, os gêneros textuais não são apenas rótulos para classificar os textos, mas sim ferramentas que facilitam a compreensão e a troca de ideias em diversas situações.

Exemplos de Gêneros Textuais

A literatura e a comunicação são enriquecidas por uma diversidade de gêneros textuais, que se podem classificar em várias categorias. Cada gênero possui características distintas e desempenha funções específicas na comunicação. Entre os gêneros narrativos, temos as histórias e contos, que contam eventos e experiências, muitas vezes em formatos que incentivam a imaginação. Um exemplo cotidiano é a crônica, que reflete sobre o cotidiano de forma leve e acessível.

Os gêneros descritivos, por sua vez, são usados principalmente para expressar características de pessoas, lugares ou objetos, criando uma representação vívida por meio da palavra. Uma descrição de produto em um catálogo ou uma resenha de filme são exemplos de como este gênero é utilizado em nosso dia a dia. Esses textos proporcionam aos leitores uma visualização clara do que está sendo descrito.

Entrando na esfera dos textos argumentativos, encontramos gêneros que visam persuadir ou convencer o leitor a aceitar um determinado ponto de vista. Artigos de opinião e ensaios são exemplos que podem ser muito vistos em jornais e revistas, onde autores defendem suas ideias com base em argumentos e evidências.

Os gêneros instrucionais têm como principal função oferecer orientações ou passos para a realização de atividades. Receitas de cozinha e manuais de usuário são exemplos que ilustram bem este gênero, permitindo que leitores sigam instruções de maneira clara e eficaz. Essa diversidade de gêneros textuais não só reflete a riqueza da língua, mas também a variedade de contextos em que nos comunicamos diariamente.

A Importância dos Gêneros Textuais na Educação

Os gêneros textuais desempenham um papel crucial na educação, especialmente no que se refere ao desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita dos alunos. Cada gênero apresenta características específicas que moldam a maneira como a informação é organizada e apresentada, o que permite aos estudantes reconhecerem e utilizarem diferentes formas de comunicação. Ao ser exposto a uma variedade de gêneros, como narrativas, poemas, reportagens, e ensaios, os alunos não apenas ampliam seu vocabulário, mas também aprendem a adaptar seu estilo de escrita para diferentes públicos e propósitos.

A compreensão e análise de gêneros textuais possibilitam que os estudantes se tornem leitores críticos e escritores proficientes. Por exemplo, quando um aluno analisa um artigo de opinião, ele aprende a identificar argumentos, evidências e a estrutura lógica do texto. Essa habilidade é essencial não apenas no contexto acadêmico, mas também em situações do cotidiano, onde a capacidade de interpretar e produzir textos diversificados se torna um diferencial nas interações sociais e profissionais.

Além disso, o ensino de gêneros textuais pode promover a inclusão e o engajamento dos estudantes. A diversidade de formatos textuais permite que diferentes vozes e experiências sejam representadas, encorajando a participação ativa de todos os alunos, independentemente de suas origens culturais ou sociais. Ao incentivar os alunos a explorar e criar em diferentes gêneros, os educadores facilitam um ambiente de aprendizagem mais colaborativo e inclusivo, onde as perspectivas individuais são valorizadas e respeitadas.

Por fim, ao ensinar gêneros textuais, as instituições de ensino não apenas preparam os alunos para os desafios da comunicação, mas também os capacitam a se expressar de maneira eficaz em diversas situações. Assim, a importância dos gêneros textuais na educação transcende a sala de aula, contribuindo para a formação de cidadãos críticos e engajados na sociedade.

Como Utilizar Gêneros Textuais em Estratégias de SEO

A utilização de gêneros textuais em estratégias de SEO (Otimização para Motores de Busca) é fundamental para aumentar a visibilidade e a relevância de conteúdos publicados na internet. Cada gênero textual possui características próprias que podem ser aproveitadas para se conectar com o público-alvo e atender suas necessidades informativas. Ao adaptar a escrita para diversos gêneros, é possível otimizar a estratégia de SEO de maneira eficaz e direcionada.

Por exemplo, em um blog, uma abordagem narrativa pode ser utilizada para contar uma história relacionada ao tema central, o que não apenas enriquece a experiência do leitor, mas também torna o conteúdo mais memorável. Essa técnica pode ser complementada pela inclusão de palavras-chave relevantes que ajudem a otimizar o texto para os motores de busca, aumentando assim o tráfego orgânico.

Nos posts de redes sociais, o gênero textual se torna mais conciso. Mensagens diretas e envolventes são essenciais, e a integração de hashtags e chamadas à ação pode ser eficaz para engajar o público. A linguagem deve ser adaptada para o meio e deve sempre levar em consideração o comportamento do usuário, que busca por conteúdos rápidos e informativos.

Para páginas da web, a informação precisa ser clara e objetiva, normalmente seguindo a estrutura do gênero textual expositivo. Neste caso, o uso de subtítulos, listas e parágrafos curtos não apenas melhora a leitura, mas permite que os mecanismos de busca indexem o conteúdo com maior eficiência. A quantidade adequada de palavras-chave relacionadas ao tema deve ser distribuída ao longo do texto, garantindo a fluidez e a naturalidade do conteúdo.

Em resumo, a aplicação consciente de gêneros textuais em estratégias de SEO não só melhora a comunicação com o público, mas também potencializa as chances de melhor posicionamento nos resultados de busca, contribuindo assim para o crescimento do tráfego e a interação com o conteúdo.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

O que são Orações Subordinadas Adverbiais?

As orações subordinadas adverbiais são um tipo específico de oração que depende de uma oração principal para ter sentido completo. Elas atuam como advérbios, ou seja, têm a função de modificar o verbo da oração principal, complementando informações sobre circunstâncias, como tempo, causa, propósito, condição e também modo. Esta relação hierárquica é uma característica fundamental, visto que a oração subordinada não possui autonomia, necessitando da principal para situar-se corretamente no contexto semântico. As orações subordinadas adverbiais são essenciais na construção de frases mais complexas e coesas, pois permitem que ideias diferentes sejam articuladas de maneira fluida.

Os principais elementos que compõem as orações subordinadas adverbiais incluem o conectivo, que inicia a oração e estabelece a relação com a oração principal. Esses conectivos podem variar conforme o sentido que se deseja expressar. Por exemplo, conectivos como “quando” ou “enquanto” trazem um sentido de tempo, “porque” está relacionado à causa, e “se” introduz uma condição. A integração desses elementos enriquece o texto, pois possibilita que múltiplas ideias coexistam e interajam de maneira lógica.

Para ilustrar, consideremos a frase: “Quando cheguei em casa, encontrei um bilhete.” A oração subordinada adverbial “Quando cheguei em casa” é dependente da oração principal “encontrai um bilhete”, fornecendo informação temporal. Outro exemplo pode ser “Se chover, não iremos ao parque”. Aqui, a oração subordinada introduz uma condição que impacta a ação da oração principal. Dessa forma, as orações subordinadas adverbiais desempenham um papel crucial na complexidade e coerência textual.

Classificação das Orações Subordinadas Adverbiais

As orações subordinadas adverbiais são classificadas em diferentes tipos, cada um desempenhando um papel específico na construção das frases. Essas orações, que dependem de uma oração principal para adquirir significado, podem ser divididas em várias categorias: condicional, final, concessiva, consecutiva, temporal, comparativa, conformativa, proporcional e causal.

A oração subordinada adverbial condicional expressa uma condição à qual a ação da oração principal está sujeita. Um exemplo clássico é a frase: “Se chover, não iremos ao parque”. Aqui, a ação de não ir ao parque depende da condição de que chova. Já a subordinada adverbial final tem a função de indicar a finalidade de uma ação, como em “Estudo para que possa passar no exame”. Neste caso, “para que possa passar no exame” informa a intenção por trás do estudo.

A oração concessiva demonstra uma oposição, introduzindo uma ideia que é, em certa medida, contrária à da oração principal. Por exemplo: “Embora esteja cansado, irei ao evento”. A subordinada adverbial consecutiva, por outro lado, mostra uma consequência, como em “Ela trabalhou tanto que conseguiu uma promoção”.

As orações temporais marcam o tempo em que a ação ocorre, sendo um exemplo: “Quando chegar, avisarei você”. A comparação é evidenciada nas orações comparativas, como “Ela é tão inteligente quanto o irmão”. Já as conformativas indicam conformidade, como “Como lhe disseram, ele se comportou adequadamente”.

Por fim, as orações proporcionais expressam relação de proporção, exemplificada na frase: “Enquanto mais estudo, mais aprendo”. As orações causais, por sua vez, explicam a causa de uma ação, como em “Não fui à festa porque estava doente”. Conhecer esses tipos e suas funções facilita muito a identificação e o uso adequado das orações subordinadas adverbiais no contexto da língua portuguesa.

Exemplos Práticos e Contextos de Uso

A compreensão das orações subordinadas adverbiais é fundamental para uma comunicação eficaz. Para ilustrar seu uso, vamos examinar alguns contextos cotidianos onde essas estruturas linguísticas se tornam úteis. As orações subordinadas adverbiais podem ser classificadas em diferentes tipos, como causal, condicional, temporal, e final. Cada tipo atende a uma necessidade comunicativa específica e aprimora a clareza e fluidez do discurso.

Começando pelas orações adverbiais causais, um exemplo prático é: “Não fui à festa porque estava cansado.” Aqui, a oração “porque estava cansado” explica a razão pela qual a ação de não ir à festa ocorreu. Essa estrutura enriquece a informação, permitindo que o receptor compreenda melhor as motivações subjacentes da ação mencionada.

Quando falamos sobre orações adverbiais condicionais, um exemplo pode ser: “Se você estudar, passará no exame.” Neste caso, a oração “se você estudar” estabelece uma condição que deve ser cumprida para que a ação de passar no exame ocorra. Esse tipo de construção é frequentemente usado em conselhos e instruções, caracterizando um elo de causa e efeito que facilita o entendimento do leitor.

As orações adverbiais temporais também desempenham um papel importante na comunicação. Um exemplo claro é: “Assim que chegarmos, avisaremos.” A expressão “assim que chegarmos” indica uma relação temporal entre as duas ações, esclarecendo a ordem em que ocorrerão. Essa clareza temporal é especialmente relevante em narrativas e contextos em que o tempo é um fator determinante.

Finalmente, em situações em que se deseja expressar finalidade, um exemplo é: “Estudo para que possa passar no concurso.” A oração “para que possa passar no concurso” demonstra a intenção do sujeito, oferecendo uma visão mais profunda sobre as motivações individuais. A utilização de orações subordinadas nesse contexto não apenas enriquece a frase, mas também fornece um entendimento mais completo acerca das intenções do falante.

Dicas para o Uso Correto e Prático

As orações subordinadas adverbiais desempenham um papel crucial na construção de frases mais complexas e na expressão de ideias com clareza. Para garantir o uso correto dessas estruturas na comunicação, é importante adotar algumas práticas que podem evitar erros comuns. Primeiramente, é essencial reconhecer as funções que cada tipo de oração subordinada adverbial exerce. A familiarização com suas características facilita a utilização adequada em diferentes contextos.

Um erro frequente é a confusão entre orações subordinadas e orações coordenadas. Enquanto as primeiras dependem de uma oração principal para ter sentido completo, as segundas funcionam de forma independente. Portanto, é crucial identificar corretamente suas relações para que a mensagem fique clara. Além disso, a pontuação é um fator determinante: a vírgula deve ser utilizada de forma adequada para separar as orações e evitar ambiguidade.

Para praticar, os exercícios de reescrita podem ser bastante úteis. Alternar frases simples para subordinadas adverbiais permite ao escritor perceber como essas estruturas alteram o significado e a fluidez do texto. A leitura atenta de obras literárias também pode proporcionar insights valiosos sobre o uso eficaz dessas orações na prática. Recomendamos livros e sites que exploram a gramática da língua portuguesa, fornecendo exemplos que ajudam a solidificar o conhecimento adquirido.

Além disso, a prática constante na escrita e na fala é fundamental para o domínio das orações subordinadas adverbiais. Ao incorporar essas estruturas na comunicação diária, seja em diálogos informais ou na escrita acadêmica, a fluência na linguagem se torna cada vez mais natural. O entendimento e a aplicação correta das orações subordinadas adverbiais enriquecem não apenas a expressão escrita, mas também a oral, promovendo uma comunicação mais eficaz e precisa.

Gramática da Língua Portuguesa - 9ª Edição 2009

 

 

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ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA

Professora Ma. Mislene Cabriotti

O que são Orações Subordinadas Adjetivas?

As orações subordinadas adjetivas são um tipo de oração que desempenha a função de adjetivo dentro de uma estrutura maior, especificamente, na oração principal. Elas têm a finalidade de caracterizar ou qualificar um substantivo, proporcionando informações adicionais que são essenciais para o entendimento do contexto em que se inserem. Deste modo, podem ser consideradas uma extensão das informações contidas na oração principal, assegurando uma semântica mais rica e específica.

A classificação das orações subordinadas adjetivas se divide em duas categorias principais: explicativas e restritivas. As orações explicativas, como o nome sugere, servem para fornecer uma informação acessória ou suplementar sobre o substantivo ao qual se referem. Elas são normalmente introduzidas por conjunções como “que” e estão conectadas a uma vírgula, pois não são necessárias para o sentido da oração principal. Por exemplo, na frase “O carro, que é vermelho, pertence ao Pedro”, a oração “que é vermelho” acrescenta uma informação que, embora interessante, não altera a compreensão básica de que o carro pertence a Pedro.

Por outro lado, as orações restritivas são aquelas que limitam ou definem o significado do substantivo de maneira fundamental. Diferente das explicativas, elas são imprescindíveis para a completa compreensão do contexto. Uma frase exemplificativa seria “Os alunos que estudam passam de ano”. Neste caso, a oração “que estudam” é vital, pois limita o grupo de alunos a apenas aqueles que estudam, sem os quais a afirmação perderia seu sentido. Assim, as orações subordinadas adjetivas não apenas enriquecem o discurso, mas também desempenham um papel crucial na clarificação das ideias expressas nas orações principais.

Oração Subordinada Adjetiva Explicativa

A oração subordinada adjetiva explicativa desempenha um papel fundamental na construção de frases ao fornecer informações adicionais sobre um substantivo presente na oração principal. Diferentemente da oração subordinada adjetiva restritiva, que limita o significado do termo ao qual se refere, a explicativa acrescenta uma explicação ou detalhe sem comprometer o entendimento básico da frase. Essa característica torna a explicativa um recurso valioso para enriquecer a comunicação em textos formais e informais.

Um exemplo clássico da oração subordinada adjetiva explicativa pode ser observado na frase: “O livro, que é uma biografia, foi um sucesso de vendas.” Aqui, a oração subordinada “que é uma biografia” fornece uma informação extra sobre o “livro”, sem restringir ou limitar o que se diz sobre ele. A função explicativa permitiu que o falante acrescentasse um detalhe que pode ser de interesse, mas que não é essencial para a compreensão básica de que o livro foi um sucesso.

Em termos de pontuação, a oração subordinada adjetiva explicativa deve ser cercada por vírgulas, destacando-a como uma informação acessória. Essa pontuação é crucial, pois sinaliza que o conteúdo da explicativa pode ser retirado sem alterar o sentido principal da frase. Por exemplo, na frase: “Os passageiros, que estavam muito cansados, embarcaram no voo.” a oração subordinada “que estavam muito cansados” pode ser removida, e a frase ainda faria sentido: “Os passageiros embarcaram no voo.”

A prática no uso da oração subordinada adjetiva explicativa pode aprimorar a clareza e a fluidez do texto. Ao utilizar esse recurso, o escritor é capaz de fornecer informações adicionais relevantes, criando um estilo mais informativo e envolvente, sem comprometer a compreensão do leitor. A aplicação adequada desse tipo de oração, com a pontuação correta, é indispensável para a escrita eficaz.

Oração Subordinada Adjetiva Restritiva

A oração subordinada adjetiva restritiva desempenha um papel fundamental na construção de frases, pois ela restringe ou especifica um elemento da oração principal. Essa estrutura é essencial para oferecer clareza e precisão ao significado das sentenças. Através dela, conseguimos identificar qual elemento específico está sendo abordado, evitando assim ambiguidades que poderiam comprometer a interpretação correta da mensagem.

Um exemplo claro de oração subordinada adjetiva restritiva é a frase: “Os alunos que estudaram para a prova passaram.” Neste caso, a oração “que estudaram para a prova” é restritiva, pois identifica especificamente quais alunos passaram. Sem essa oração, a frase “Os alunos passaram” ficaria vaga e poderia referir-se a qualquer grupo de alunos, diminuindo a clareza. A omissão de uma oração subordinada restritiva pode levar a confusões e interpretações errôneas sobre o sujeito abordado.

Para construir frases efetivas que utilizem orações subordinadas adjetivas restritivas, é importante iniciar pela identificação do núcleo da frase principal. Em seguida, deve-se fazer a escolha de uma característica ou informação que realmente restrinja o substantivo em questão. Por exemplo, podemos reformular a frase anterior para: “Os estudantes que entregaram o trabalho na data certa foram elogiados.” Aqui, a oração subordinada não só especifica quais estudantes estão sendo elogiados, mas também acrescenta um sentido de importância ao contexto apresentado.

Assim, a habilidade de usar orações subordinadas adjetivas restritivas de maneira eficaz contribui significativamente para a construção de frases mais informativas e precisas, refletindo plenamente a intenção do falante. Este cuidado com a linguagem é vital para assegurar que a comunicação seja clara e objetiva.

 

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ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

Introdução às Orações Subordinadas Substantivas

As orações subordinadas substantivas são um componente fundamental da estrutura sintática da língua portuguesa. Elas exercem funções semelhantes às de um substantivo dentro de uma frase, podendo atuar como sujeito, objeto direto, objeto indireto ou complemento nominal. Neste contexto, o conhecimento sobre as orações subordinadas substantivas se torna imprescindível para compreender a dinâmica e a complexidade do discurso, permitindo uma comunicação mais clara e precisa.

Essas orações são introduzidas por conjunções subordinativas, como “que”, “se” ou “como”, e estão sempre dependentes de uma oração principal para que sua mensagem tenha sentido completo. Por exemplo, na frase “Acredito que você virá”, a oração “que você virá” não pode existir de forma isolada, pois está intrinsecamente ligada ao verbo “acredito”, que demanda um complemento. Essa dependência é um dos aspectos que distinguem as orações subordinadas substantivas das orações principais, que possuem autonomia semântica.

Além de sua função sintática, as orações subordinadas substantivas também desempenham um papel semântico importante. Elas podem expressar diferentes atitudes do falante, como dúvida, certeza, desejo ou afirmação. Por exemplo, a construção “É certo que ele chegou” sugere uma confirmação, enquanto “Não sei se ele virá” evidencia incerteza. Essa capacidade de refletir as nuances do pensamento do falante acrescenta uma nova camada de significado às frases e torna a discussão sobre as orações subordinadas substantivas ainda mais rica e intrigante.

Portanto, familiarizar-se com as orações subordinadas substantivas e suas características é essencial para qualquer estudante da língua portuguesa. O intuito é aprofundar-se nas variantes e usos, possibilitando assim um domínio mais abrangente da gramática e da escrita.

Classificação das Orações Subordinadas Substantivas

As orações subordinadas substantivas desempenham um papel fundamental na estrutura das frases, uma vez que elas funcionam como substantivos dentro de uma oração principal. A classificação dessas orações se desdobra em várias categorias, cada uma com suas características específicas e funções distintas. A seguir, serão detalhadas as principais classificações, acompanhadas de exemplos que facilitam a compreensão de suas aplicações.

A primeira categoria é a oração subordinada substantiva subjetiva. Essa oração assume a função de sujeito da oração principal. Por exemplo, na frase “É necessário que você estude”, a oração “que você estude” é a responsável pela função de sujeito, indicando a necessidade.

Em seguida, temos a oração subordinada substantiva completiva nominal. Esse tipo de oração complementa o valor de um nome, geralmente um substantivo. Por exemplo, em “A ideia de que ela virá é reconfortante”, a oração “que ela virá” complementa o substantivo “ideia”, fornecendo mais informações sobre ele.

As orações subordinadas substantivas objetivas diretas e indiretas têm a função de atuar como objeto em relação ao verbo da oração principal. Por exemplo, na frase “Ela disse que você viria”, a oração “que você viria” é o objeto direto do verbo “disse”. Por outro lado, em “Ele se lembrou de que ela estava aqui”, “de que ela estava aqui” funciona como o objeto indireto.

Outro tipo é a oração subordinada substantiva predicativa, que tem a função de completar um verbo de ligação, atribuindo uma característica ao sujeito. Por exemplo, “O problema é que não temos dinheiro”, onde a oração “que não temos dinheiro” atribui uma qualidade ao sujeito “o problema”.

Por fim, temos a oração subordinada substantiva apositiva, que acrescenta informações adicionais e específicas, funcionando como um aposto. Um exemplo disso é “O fato de que ela ganhou um prêmio é impressionante”. Nesse caso, “de que ela ganhou um prêmio” fornece mais detalhes sobre o “fato”. Assim, as diferentes categorias de orações subordinadas substantivas se integram nas estruturas gramaticais, enriquecendo a comunicação e a compreensão.

Exemplos Práticos de Uso das Orações Subordinadas

As orações subordinadas substantivas desempenham um papel crucial na construção de frases, oferecendo clareza e profundidade aos textos. Abaixo, apresentamos exemplos práticos de diferentes tipos de orações subordinadas substantivas, demonstrando sua aplicabilidade em contextos variados.

Um exemplo de oração subordinada substantiva subjetiva pode ser encontrado na frase: “É necessário que todos participem da reunião.” Aqui, a oração “que todos participem da reunião” funciona como o sujeito da frase principal, expressando a importância da participação coletiva.

Já na oração subordinada substantiva objetiva direta, uma frase como “Eu espero que você compreenda minha perspectiva” ilustra o uso dessa estrutura. A oração “que você compreenda minha perspectiva” atua como objeto direto do verbo “espero”, indicando o que se espera.

Um exemplo de oração subordinada substantiva predicativa é “A verdade é que precisamos de mudança.” Neste caso, a oração “que precisamos de mudança” complementa o sentido do sujeito, esclarecendo o que é a verdade apresentada.

Na estrutura de oração subordinada substantiva apositiva, pode-se observar a frase “A certeza de que iremos vencer é motivadora.” Nesse exemplo, “que iremos vencer” explica ou especifica a “certeza”, funcionando, portanto, como um aposto.

Finalmente, nas orações subordinadas substantivas complementares, um bom exemplo seria “Estamos certos de que sua colaboração será valiosa.” A oração “de que sua colaboração será valiosa” completa o sentido do verbo “estamos certos”, fornecendo uma informação adicional que enriquece a comunicação.

Esses exemplos mostram como as orações subordinadas substantivas tornam a linguagem mais rica e expressiva, permitindo uma maior nuance e profundidade nas ideias que desejamos transmitir.

Dicas para a Prática de Escrita com Orações Subordinadas

A prática de escrita com orações subordinadas substantivas pode significativamente aprimorar a clareza e a profundidade dos textos. Para começar, uma técnica eficaz é utilizar estruturas simples antes de avançar para composições mais complexas. Isso permite que o escritor se familiarize com as diferentes formas de construção. Comece compondo frases curtas que incluam uma oração subordinada, garantindo que a relação entre a oração principal e a subordinada seja clara.

Além disso, revisões periódicas são essenciais para a melhoria no uso das orações subordinadas. Após escrever um texto, releia-o, buscando identificar onde as orações subordinadas podem ser empregadas para enriquecer a narrativa ou argumentação. Muitas vezes, a inserção de uma oração subordinada substantiva pode fornecer mais contexto ao que está sendo apresentado, permitindo uma melhor compreensão por parte do leitor.

Outra sugestão prática é realizar exercícios específicos de escrita. Por exemplo, escolha temas variados e escreva pequenos parágrafos que utilizem diferentes tipos de orações subordinadas. Experimente mudar a posição das orações dentro da frase para ver como isso afeta o ritmo e a fluência do texto. Essa abordagem instigante não só fortalece as habilidades, mas também incentiva a criatividade na forma de se expressar.

Por fim, a leitura de textos que utilizam orações subordinadas de maneira eficaz pode inspirar e ensinar novos usos. Preste atenção em como autores renomados estruturam suas ideias. Isso não só oferece exemplos práticos, mas também ajuda a internalizar as construções linguísticas. Ao aplicar essas dicas, você estará no caminho certo para dominar o uso das orações subordinadas substantivas em sua escrita.

 

 

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